Acervo: Marcelo Soares Wagner Lopes (Publicação no grupo "Natal Não Há Tal")Esta fotografia é verdadeiramente impressionante, pois nos retrata uma situação que parece inimaginável: a dificuldade enfrentada na jornada para alcançar o recém-construído bairro de Candelária. Era literalmente uma travessia pelas dunas, onde hoje se situa uma das avenidas mais movimentadas da nossa capital, a Avenida Prudente de Morais. Essa via emergiu concomitantemente à formação dos bairros Tirol e Petrópolis, na zona leste de Natal. Quando as pessoas migraram da Cidade Alta e da Ribeira para essas novas moradias, elas representavam um sinal de novidade. As primeiras referências à avenida datam da década de 1930, quando os jornais anunciavam a venda de residências na região.
O bairro de Candelária foi oficialmente constituído através da Lei n° 4.330, promulgada em 5 de abril de 1993. Originando-se como um conjunto habitacional, foi um empreendimento executado pelo Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais (INOCOOP/RN). Entregue em 1975, os primeiros tempos não foram nada fáceis. Situado em uma área elevada sobre as dunas, Candelária enfrentava desafios como a ausência de transporte coletivo. Parte de seus moradores tinha que enfrentar as extensas áreas de areia para chegar a Avenida Prudente de Morais, a principal via de acesso ao conjunto.
O serviço de transporte público era provido pela Empresa Barros, que operava duas linhas:
128 - Candelária/ Rocas Via Alecrim
128A - Candelária/ Rocas Via Praça
Ao observarmos a fotografia, é possível visualizarmos ao fundo parte da estrutura do antigo Estádio Castelão, juntamente com suas torres de iluminação. A página no Facebook "Natal Antiga Colorizada", especializada em colorir fotografias em preto e branco, através do excelente trabalho de Jeronymo Tinoco, nos apresentou uma versão em cores dessa imagem.
🧾Referências:
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